“Mesmo não dando o resultado que a Record merece estou feliz”, afirma Xuxa sobre repercussão do Dancing Brasil

Publicado em 27/06/2017

Xuxa deu o que falar ao finalizar na noite desta segunda-feira (26), a primeira temporada de seu programa, Dancing Brasil. O reality show da dança causou boa impressão no público, com uma produção caprichada e estreará sua segunda temporada no próximo dia 24 de julho. A apresentadora da atração conversou com nossa reportagem e contou sobre sua expectativa e a experiência à frente do formato:

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Xuxa, você esperava esse sucesso do Dancing Brasil?

Sempre esperamos o melhor e o melhor a gente teve, afinal a resposta do público foi muito boa. Eu tenho uma equipe redondinha, uma equipe que sempre trabalha pensando no melhor para o programa e para mim. Quando acontece alguma coisa errada, como o som que não está legal por exemplo, é algo que foge do nosso controle. Tenho 33 anos de carreira e posso te dizer assinando embaixo, essa equipe é uma das melhores que tive na minha vida toda porque são pessoas que pensam junto comigo.

Você ficou satisfeita?

Quando eu entrei aqui na Rec, sempre que eu ia na direção lá em São Paulo me perguntavam “Você está feliz?”, e eu falava que ainda não estava porque não tinha dado resultado para eles. Agora mesmo talvez eu não dando o resultado que a Record merece, eu falo que estou, então é um ponto positivo porque tudo está caminhando tão bem, tão grandioso. As pessoas querem que tudo esteja perfeito.

O público elegeu a Maytê Piragibe como vencedora, embora as notas dela não tenham sido as melhores. Você acha que faltou sintonia entre o público e os jurados?

Isso aí é complicado porque já tínhamos visto isso anteriormente: participantes com notas boas saírem. Os jurados enxergam mais o lado técnico, e o público creio que veja um contexto maior que não estamos vendo. Os jurados diziam que Leonardo Miggiorin era 8 ou 80 e ele dizia que gostaria de ser só 80, mas não adianta porque é o público quem vota. A Jade teve uma grande evolução durante a temporada, já a Maytê e o Paulo foram mais na média, e creio que o público tenha levado isso em conta, porque sem dúvida não achei que a dança deles foi a melhor hoje. Se nós tivéssemos que dar o prêmio sem a participação do público, seria exatamente aquilo o que os jurados viram ali.

A emoção é a tônica do Dancing Brasil. Emoção proporcionada pelos participantes no palco, e pelo público de casa que acaba proporcionando a emoção de um resultado como este não é?

Pois é! Chega a ser um show à parte porque a gente nunca sabe o que vai acontecer. Eu imaginava que seria assim pela garra do Paulo e pela Maytê, que demonstrou garra do começo ao fim, mas os resultados são imprevisíveis. Nunca pensei que o Mika ou que a Sheila por exemplo, fossem sair.

Quando veremos você fazendo uma coreografia inteira no Dancing?

Inteira não dá porque eu teria que ensaiar do mesmo jeito que eles fazem, durante 4 dias seguidos. Quando eu danço, é somente uma participação e ensaio 2 dias no máximo, também estou sempre de vestido longo, diferente deles que já vem preparados. Mas já fiz outras coisas, já desci da nave, vim do céu, avisei que topo fazer qualquer coisa.

O que diferencia o Dancing Brasil das demais edições gringas?

Colocamos na nossa versão o DNA do Brasil, e um pouco do meu jeito também. Diferente de apresentadores das versões internacionais, que nunca dançaram ou cantaram, eu me meti a dar umas requebradas, fora que me meto sem querer nas notas dos jurados e acabo falando se gostei ou não mesmo não sendo permitido. Até nas redes sociais as pessoas comentam que eu falo demais e deveria ficar mais calada, desculpa gente, mas sai sem perceber.

O que tem de diferente pra você além do formato?

É a primeira vez que estou usando ponto eletrônico. O Carelli (diretor do programa) fala assim pra mim “Xuxa, dupla que saiu…” aí ele fala devagarinho, por exemplo ”Mika e Bárbara”, aí eu digo “Não.” As pessoas em casa ficam esperando eu falar, e eu não falo, mas é porque me envolvo. Eu não queria que ninguém saísse.

Dos participantes da segunda temporada, você escolheu alguém?

Não. A produção quem faz isso, e vai verificando de acordo com a agenda de cada artista. A direção só me pergunta se tem algum participante que eu acho que não seria legal, porque de repente eu sei alguma história que as pessoas não sabem mas eu não falei nada, todas as pessoas que eles escolheram, achei incríveis. Estão dizendo por aí que eu falei que as pessoas da segunda temporada são melhores que as pessoas da primeira, e eu não falei isso. Eu falei que a segunda temporada inteira será melhor porque eu estarei mais preparada, os participantes estarão mais preparados, e já sabem o que está por vir, e vão responder melhor às expectativas.

Apresentar a final de um programa assim gera um frio na barriga?

Já fiz algumas coisas que a gente tem que falar quem vai ganhar e dá um nervosinho, uma coisa ruim, mas dessa forma onde existem três histórias, não. Meu desejo era dividir o prêmio em três.

Como é ter a família ali na primeira fila?

Me sinto acarinhada. Minha filha vem só pra me ver, e ela gostou pra caramba do programa desde a primeira vez que viu, tinha até torcida para alguns participantes. E o Ju (Junno Andrade) eu gostaria de tê-lo toda segunda aqui se ele pudesse.

A Sasha está aparentemente mais solta em frente às câmeras. Você acha que ela pode se aventurar numa carreira artística?

Nem que eu queira ela vai fazer isso, porque ela é realmente muito tímida, mas ela já aprendeu que as pessoas chegam perto dela não para fazer nada de ruim, mas porque sentem carinho por ela. Eu vi ela numa entrevista colocando o cabelo na frente do rosto toda tímida, enquanto a mãe dela tira o cabelo, bota peito. É ou não é a coisa mais linda do mundo? Ah, eu babo.

Tivemos no Dancing um especial com músicas suas. Há possibilidade de ter um especial com músicas de funk já que você gosta tanto?

Eu acredito que não porque o funk não é considerado um ritmo para eles dançarem, e sim uma dança mais brasileira e não sei se daria pra ser julgado. Eu ia gostar muito, iria me acabar no meu banquinho ali.

*Entrevista realizada pelo jornalista André Romano.

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