Fábio Assunção abre o jogo sobre relacionamentos: “Acredito no amor para a vida toda”

Publicado em 21/06/2017

Fábio Assunção está de volta à TV, após protagonizar a novela Totalmente Demais em 2015. O veterano dará vida a Ricardo, cientista da série A Fórmula, que estreia em 06 de Julho na Globo. O ator contou para nossa reportagem um pouco sobre as expectativas para a estreia do novo trabalho. Confira:

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Fábio, sobre o seu retorno à dramaturgia, agora nesta série com uma linguagem diferente, você poderia falar um pouquinho sobre o personagem para a gente e a sua expectativa?

Bom, é uma comédia romântica, deliciosa. Acho que as questões centrais desta série são o amor e o tempo. Fala muito sobre vaidade também, essa questão do tempo, da vaidade, e tem muito jogo de ator com a Drica, com a Luisa, com o Emílio, enfim, o Joelson, Klebber. Então é um elenco muito gostoso, uma equipe pequena e muito qualificada, uma galera muito boa, é uma delicia fazer. A gente teve dois meses de preparação e dois meses de gravação.

A Globo agora está começando com essa preparação para integrar mais o ator, para os protagonistas se conhecerem melhor. Isso tem ajudado? 

Acho que a preparação hoje tem dois lados: um, é colocar o elenco na linguagem do programa. A outra é unir também o elenco, isso eu acho muito importante. Quando eu fiz Totalmente Demais, a gente fez uma preparação, então era uma novela, com um elenco maior, e uniu todo mundo e essa união foi até o fim. Então acho que nesse caso nosso aqui, preparou para a linguagem do programa e uniu também o elenco. Acho maravilhoso. É o que a gente faz no teatro. A gente ensaia, se prepara para fazer, né? Então eu acho que é bom trazer isso para a televisão também. Importantíssimo.

Fabio, você acredita no amor para a vida toda? 

Olha, acredito, com certeza, claro. Meus filhos por exemplo são para a vida toda.

E de mulher? 

A gente é sempre romântico e a gente sempre quer que um amor dure pra vida toda, mas acho que o amor tem que ser verdadeiro também. Acredito que para algumas pessoas sim e para outras pessoa não, não sei.

Como você vê essa questão de competição entre os personagens Ricardo e Angélica no amor e na carreira?

Na verdade, não tem uma competição entre os dois. Eles são interessantes porque eles polarizam essa discussão sobre a vaidade em duas linhas que são muito presentes no mundo hoje, quer dizer, uma, que no caso é ela, onde ela pensa em uma longevidade em função de uma qualidade de vida, ter uma alimentação mais saudável, um monte de coisas. E ele é um cara mais estético mesmo, que quer resultados mais rápidos, e ele é vaidoso e ela não tem essa vaidade. Então eles não competem, mas tem essa divergência na linha profissional deles.

No começo um abriu mão de alguns objetivos pelo outro, não é?

Sim, isso é uma das coisas que acho bem interessante na série. Ela passou para Harvard e disse que não passou para poder ficar com ele, e aí ele pega uma repescagem porque ela abriu mão da vaga, e ele vai. Mas não é exatamente assim também a historia. Vocês vão ver que estou defendendo o meu personagem. (risos)

Fábio, a gente está vendo você bem grisalho, isso é para o personagem mesmo ou você está deixando?

Isso é para um projeto futuro, e eu estou me preparando para ele.

Você começou galã na televisão e continua galã. Como é o passar do tempo pra você?

Eu acho ótimo.

Esse grisalho é o seu natural? 

Esse é o meu natural, pra este personagem pintei o cabelo de preto, ele não tinha um fio de cabelo fora do lugar. No estilo ele queria ficar mais jovem mesmo.

O rótulo de galã te incomoda?

Não. (Risos)

Na série vocês lidam muito com a aparência, se preocupam muito com isso. Você se importa muito com a aparência? Você é vaidoso? Porque para você trabalhar na televisão, você tem que estar bem, né? 

Não, acho que não. Existem situações que a gente tem que estar, né? Por exemplo, este é um evento publico, então a gente pensa um pouco mais sobre isso, mas na minha vida sou bem desencanado.

Seu personagem acaba se apaixonando pelas duas versões da mesma mulher, primeiro ela jovem e posteriormente ela mais velha, mas são a mesma pessoa. O Fábio está mais para o gosto da mais jovem ou mais para o da mais velha?

Então, mas essa era uma questão que eu tinha no começo desta série, acho que ele não está pensando na idade. Ele está tendo uma segunda chance de reencontrar a mesma mulher no ponto em que eles se separaram. Então esse eu acho que é o encanto dele, isso trai a vaidade dele, né? Enfim, foi um grande amor que ele teve e no momento em que ele reencontra ela 30 anos depois, ele reencontra ela numa outra versão. Eu não trabalhei muito essa coisa de ser uma mais velha e outra mais nova, eu acho que essa não é a questão, a questão é o amor que ele perdeu e que agora ele está tendo uma segunda chance.

Ele não a reconhece nesse primeiro momento? 

Não, ele acha parecida mas não associa isso.

Você namora atualmente uma mulher mais jovem. Por qual motivo isso é bom?

Vinte e quatro anos. Ah, isso é bom. Todo relacionamento é bacana, tudo é bom.

Você gosta desse formato de produção mais compacta, com menos capítulos? 

Eu gosto de todos os formatos. Tapas & Beijos foram 5 anos de episódios, 38 por ano e foi o máximo ter feito. Novela também foi incrível ter feito. E esse formato acho muito bom também porque é mais compacto. A gente gravou em dois meses e fica mais elaborado, mais enxuto… Eu gosto também.

O canal Viva reprisa muitos trabalhos seus antigos e agora vão reapresentar Labirinto em que você fazia o personagem André. Você gosta de se ver? Você é crítico? 

Eu sou muito crítico. Às vezes eu vejo, às vezes não. Depende. Essa série eu adorei ter feito, foi muito bacana! E se não me engano foi a primeira série que eu fiz.

Profissionalmente você chegou onde você sempre sonhou?

Agora estou indo para uma outra direção. Estou finalizando um documentário, enfim, tô indo para um caminho também de direção, então estou descobrindo outras coisas também. Eu gosto do que eu faço, é a minha base. Estou experimentando. Já produzo minhas coisas no teatro e já dirigi duas peças, agora com esse documentário estou indo para o audiovisual também. Então no meu tempo, estou descobrindo novas coisas.

Como é este documentário? 

Chama-se Samba de Coco. Dirigi junto com a Pally Siqueira, e foi feito em Arcoverde, sertão pernambucano. Ontem a gente terminou de finalizar. Vai ter uma primeira exibição sexta-feira (23), em Arcoverde. Essa semana é a semana de São João, e é um evento da cidade, tem vários shows e cem mil pessoas presentes durante dez dias. Então sexta-feira agora a gente abre a noite com o doc, em uma versão de 20 minutos, já finalizada. Isso ainda vai virar um longa e depois vai ter um show com as três famílias do samba de coco e depois um show do Lenine. Então vai ser uma noite super especial.

*Entrevista realizada pelo jornalista André Romano.

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