Ana Maria Braga desmente que participação de Supla em programa envolveu campanha publicitária

Publicado em 21/06/2017

Ana Maria Braga é considerada uma das diversões nas manhãs televisivas, seja por seu jeito espontâneo, seja pelos erros e micos que acaba cometendo ao vivo. Durante a coletiva para a apresentação da nova temporada do quadro Superchef, em que diversas celebridades mostram seus dotes culinários, a apresentadora conversou com o Observatório da Televisão e falou sobre sua rotina, projetos, e sobre os memes do quais é alvo. Confira:

Mulher briga com Ana Maria Braga ao vivo no Mais Você: “Azeda”

Ana, recentemente você e o Supla fizeram uma campanha publicitária juntos para uma tintura de cabelo. A participação dele no Mais Você alguns dias antes teve algo a ver com essa publicidade?

O convite para a publicidade veio depois do programa. O Supla na verdade é um gentleman, um homem do bem, posso chamar assim. Quando começaram a fazer brincadeiras por eu ter resolvido deixar meu cabelo branco e me comparar com ele, eu disse “vamos aproveitar a oportunidade e trazê-lo ao programa”. Não tínhamos intenção nenhuma com isso além de nos divertir, aí aconteceu o convite para a publicidade.

E você não imaginava que seria essa repercussão toda?

Imagina, de jeito nenhum! Sabíamos que iriam zoar da gente, mas não tínhamos ideia da repercussão.

Passou o dia dos namorados, e temos que perguntar como está o coração?

Muito bem, obrigada (risos)!

Você ficou sabendo sobre a enorme repercussão do dia que você apresentou o programa vestida de unicórnio?

Ouvi dizer que acabaram as fantasias de unicórnio. Temos pensando aqui no programa na leveza da manhã. Não que o telejornal seja pesado, mas o Brasil está pesado, e o Mais Você é exibido depois de um telejornal que tem essa carga, até essa semana mesmo com vários atentados no mundo. Se você não tem um momento na frente da TV para rir e relaxar não tem a menor graça. E a roupa de unicórnio surgiu numa dessas ideias devido a moda que estava acontecendo entre adolescentes que iríamos abordar. Quando percebi que o estúdio estava lindo e decorado daquele jeito e eu havia ganhado aquela roupa, não tinha como não entrar no ar vestida com ela. Achei um barato, voltei a ser criança, foi algo que aconteceu minutos antes do programa começar, e eu disse “Eu vou vestir essa roupa”.

Em relação aos erros que acontecem, como no feriado de Corpus Christi que você disse que era Finados. Você lida bem com esses erros?

Vem trabalhar todo dia as 4:40, pra estar aqui 5:50 da manhã pra ver se de vez em quando você não tem o direito de trocar um Corpus Christi por finados. Eu morro de rir com os meus erros. Já tive essa fase de me cobrar, e ficar triste mas hoje em dia não mais, porque sei que faço o meu melhor. Acho que se a gente não aprender a rir da gente mesmo vamos rir de quem? Às vezes é legal rir do outro, mas rir da gente mesmo também, afinal eu me gosto muito. Eu sei das coisas que sei e tenho consciência das que não sei. Já errei alguns nomes, mas não tenho vergonha.

Algumas vezes você acaba atraindo para o seu programa outro tipo de público, como crianças por exemplo devido a pequenas ações como a roupa de unicórnio. Como é isso?

Sem dúvida, o Louro José inclusive já traz um pouco desse público. Acho até que temos que brincar mais. Tenho a felicidade de ter em meu programa um papagaio que fala. Qual outro programa tem um papagaio como símbolo? Ele é o símbolo do Brasil, é inteligente, tem sacadas legais e tudo, então acho que temos que usar isso para sermos mais felizes.

Conta pra gente um pouco de como é a sua rotina.
Eu acordo 4:40, quando são 5:50 eu estou aqui na Globo. Chego antes porque as coisas mudam de um dia pro outro pelo programa ser ao vivo, e fico aqui até umas 17 horas quando todos os VT’s do dia seguinte estão fechados, sonorizados e já sei qual acabamento terá o programa. À noite quando chego em casa, recebo o roteiro e falo com a direção do programa, mudamos algumas coisas pois pode ser que aconteça algo no jornal que precisamos colocar na pauta.

Você assiste às novelas?

Eu assisto ao Jornal Nacional. As novelas assisto a todas, uma vez por semana pra ver como estão indo pra no caso de receber algum convidado, mas diariamente não tenho tempo.

Você publicou recentemente nas redes sociais uma foto antiga em que aparece trabalhando na redação de uma revista. Como a redação em uma publicação foi importante para você se tornar o que é hoje?

Acho que eu comecei a aprender a fazer televisão na TV Tupi. Naquela época eu dirigia, produzia, apresentava, e editava também. Vocês nem devem saber o que é isso, mas usávamos uma fita quadruplex que eu precisava ir nas máquinas e cortar. Meu programa chamava E Agora Boa Tarde, onde falávamos sobre tudo o que acontecia nas notícias e na linha de shows. A TV Tupi na época era como a Globo de hoje, aprendi muito ali, e em todos os empregos que tive depois, fui aprendendo mais como na minha passagem pela editora Abril, que também foi importante para eu aprender o universo de cada revista que dirigi. Tive aulas de vida, de marketing e de jornalismo que me deram uma base muito forte, e com isso vamos somando conhecimentos ao longo da vida para que usemos em algum momento, e por incrível que pareça sempre usamos.

Ana, o quadro Superchef, que é um reality culinário estreia na próxima semana, quais são os participantes?

Claudia Ohana, Diego Hypolito, Gabriel Louchard, Helga Nemeczyk, Hélio Souza, MC Koringa, Paulinho Serra e Renata Dominguez.

Como são escolhidos os participantes?

Todo ano pra gente é um grande desafio de montar um elenco que realmente goste daquilo que está fazendo, então temos uma seleção dentre os astros da nossa casa que estejam disponíveis, ou seja, que não estejam fazendo novela. E a Angélica (diretora do quadro) é a responsável por isso. O planejamento começa 6 meses antes, porque precisamos ter a concordância de todos os diretores da casa, e a disponibilidade deles de estar conosco durante 1 mês. A cada ano nos surpreendemos com a qualidade dos artistas. Já tivemos cantores, nesse ano atletas, e pessoas que vão instigar a gente a cozinhar, e nos divertir, e quem não souber vai aprender e se divertir. O importante não é sair daqui um chef de cozinha, mas sim o amor pelo que está fazendo, e eles precisam estar dispostos a querer aprender.

A dinâmica continua a mesma?

A mesma dinâmica mas teremos umas pitadinhas de mudança pra não ficar muito igual. Toda temporada tem pitadas diferentes, porque senão quem viu duas temporadas por exemplo, já sabe tudo o que vai acontecer. A criatividade aqui não tem tamanho e temos uma equipe boa, que pensa coisas bem legais. São segredinhos que vão surpreender ao público e aos participantes também, por isso não podemos contar antes, para ser uma coisa surpreendente.

Ana, é gratificante pra você que os participantes levem isso para a vida além do reality?

Eu acho muito gostoso quando você consegue despertar isso. Claro que não são todas as pessoas, é igual a Dança dos Famosos, quando a pessoa está dançando ela diz que nunca mais vai parar, mas 90% acaba parando porque a vida leva para um outro caminho. Quando você desperta isso nas pessoas, que você percebe que se elas se dedicam, às vezes até me ligam e me contam “Fiz um jantar assim”, baseado na vontade de aprender e no que aprenderam aqui, eu fico muito feliz. Todos eles levam o respeito pela coisa do fazer, porque percebem a dificuldade que é, nunca mais vão olhar um prato feito por alguém da mesma forma. Acho que todos eles que passaram aqui tem a consciência de valorizar isso.

Como é a cada ano a cobrança do público por novidade, vai ficando maior?

Cobrança do público a gente sente tanto pela audiência como pela participação em redes sociais e tudo mais e todos os anos que colocamos o Superchef no ar, recebemos orientações de pessoas que dizem “podia ser assim, podia ser assado”, mas 99% é realmente um quadro que encanta as pessoas. O diferencial é que a gente não faz competição pela competição como outros realities, fazemos workshops e trazemos os melhores profissionais de cada área, ou seja, eles nunca vão fazer nada que não tenha sido ensinado antes para eles. Essa aula é uma interação muito grande com o público também, porque os grandes chefs se dispõem a vir aqui e ensinar desde o básico, e o telespectador leva para ele os conhecimentos recebidos.

Existe alguma pesquisa sobre os conhecimentos dos participantes? Porque na temporada em que o Fiuk participou, ao ser eliminado ele reclamou de lealdade, insinuando que outros participantes já sabiam cozinhar e falavam que não sabiam. Como é ter esse tratamento?

A Renata (Dominguez) por exemplo disse que não sabe fazer nada, ou ela vai ficar tendo aula, um curso intensivo de hoje até a próxima semana ou ela vai chegar como geralmente todos chegam. Creio que todos os que estão aqui, vieram pela vontade de aprender, por ser um reality, por ser algo de grande qualidade e para se divertir. Essa cobrança entre nós da produção não existe. Nossa disposição é que eles levem daqui  o máximo que conseguirem aprender.

Como você lida com os memes e com os comentários nas redes sociais?

Rindo. Eu me divirto muito. Que bom que todo mundo fica ligado, e diga “Vamos ver o que vai acontecer hoje”. Quer coisa melhor que isso? Pelo menos as pessoas sorriem, porque está faltando motivos nesse país para sorrir. A ligação errada que eu fiz no programa por exemplo foi um barato, a mulher tava brava mesmo (risos).

Você se sente mais solta atualmente no comando do programa?

Eu acho que sou o que sou faz muito tempo, mas pode ser que com a chegada dos 60, a gente diga “Ah, vamos lá” (risos). A segurança me dá uma liberdade maior, eu me sinto muito em casa aqui na Globo.

O Tom Veiga fez 20 anos como Louro José. Qual dica para uma parceria de sucesso tão longa? É como um casamento?

Eu nunca consegui ficar casada tanto tempo quanto o tempo que estou em parceria com o Tom, que é Louro José. Em 20 anos, nós nunca brigamos, e ele é uma pessoa extraordinária, um ser humano extraordinário. Pra mim o Tom é de uma inteligência, super leal, amigo dos amigos, e temos uma sintonia tão boa que não temos porque ter egocentrismo.

O Superchef geralmente tem duplas. As duplas já estão definidas?

Não. Isso vai mudando o tempo inteiro, nem os participantes sabem.

Quando vai acontecer a final do quadro?

No dia 21 de Julho.

*Entrevista realizada pelo jornalista André Romano.

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade