“Parei de fumar e de dormir tarde. Estou muito focado”, afirma Leonardo Miggiorin sobre o Dancing Brasil

Publicado em 27/05/2017

Conhecido do grande público por conta das participações que fez em tramas das Globo, como Presença de Anita, Mulheres Apaixonadas, Senhora do Destino, atualmente em reprise no Vale a Pena Ver de Novo, e Insensato Coração, o ator Leonardo Miggiorin tem ganhado cada vez mais destaque na Record TV.

Além de integrar a atual temporada do reality de dança comandado por  Xuxa Meneghel, o artista também já integrou uma produção bíblica do canal. Em  A Terra Prometida ele deu vida a Otiniel, um líder religioso.

Em entrevista ao Observatório da Televisão, Miggiorin fala dos desafios que enfrenta diariamente por conta das apresentações que realiza ao vivo às segundas sob o comando de Xuxa: “Parei de dormir tão tarde, de perder tanto tempo na internet, quase não vejo mais televisão, parei de fumar, deixei alguns eventos sociais e festas com amigos pra depois, estou muito focado nesse objetivo”, revela o ator que segue ainda em cartaz com a peça O Empréstimo.

Leonardo Miggiorin
Leonardo Miggiorin Divulgação

Qual é o seu maior desafio no reality?

O maior desafio é lidar com o nervosismo na hora do programa “ao vivo”. Você só tem uma chance pra acertar. Com pouco tempo de ensaio e ritmos difíceis, ‘as vezes, a ansiedade acaba atrapalhando.

O que vai levar para sua vida por conta da sua participação? 

São muitos aprendizados. Eu tenho aprendido que, apesar de todo esforço que fazemos, precisamos sempre de leveza e diversão. O público quer se sentir entretido. É importante causar um impacto, porém, transmitindo sempre alegria.

Toda segunda é um novo desafio. É quase que começar do zero mesmo?

Sim. É sempre uma nova estreia, sendo que são apenas três ou quatro dias de ensaio.

A troca de par te deixou tenso? O que a sua nova parceira agregou?

A troca de par foi muito interessante. Fez com que eu percebesse o quanto já aprendi nesse programa. Foi bom receber uma orientação diferente, perceber a maneira de criar da outra parceira. Aprendi muito com ela!

“Me senti um paquito”: Já deve ser emocionante se apresentar ao som de clássicos mundiais, mas para um baixinho, dançar ao som de um clássico da Xuxa deve ser ainda mais emocionante, não? 

Foi muito divertido dançar ao som da Xuxa, foi como revisitar a infância. Uma experiência que na verdade jamais imaginei. A Xuxa é surpreendente, tem um carisma imenso e é muito generosa. No dia de dançar com as músicas dela estávamos todos em festa. Naquele dia eu acabei indo pra zona de risco. Ou seja, independente da alegria e da emoção, estamos sempre sendo avaliados. Faz parte do jogo. Eu venho me dedicando muito e sei que faço sempre o melhor que posso, então, no momento de ser avaliado, fico tranquilo, pois, sei que fiz tudo o que pude.

Você já foi ao Xuchá? Se sim, o que sentiu? O que sentiu ao ver ela entrar na nave na edição especial sobre a carreira dela?

Fui ao Xuchá, sim, e foi engraçado demais. As pessoas choravam muito na plateia, pareciam estar realizando um sonho. Quando vi a Xuxa saindo da Nave no programa me senti dentro de um desenho animado. Parecia que tínhamos virado um cartoon. Foi uma sensação engraçada, fazer parte de um produto que sempre esteve na fantasia.

Como o seu corpo tem respondido aos ensaios?

No começo eu sentia muitas dores…hoje, tá pior. (risos). Mas, sinto uma evolução em termos de agilidade, elasticidade e coragem pra realizar certos passos. Na dança, fiz coisas que nunca tinha feito, como dar “mortal” pra trás e abrir “espacate”. Muito bom ver que quando queremos, podemos nos superar.

Mudou algum hábito por conta do programa?

Sim…Eu parei de dormir tão tarde, parei de perder tanto tempo na internet, quase não vejo mais televisão, parei de fumar, deixei alguns eventos sociais e festas com amigos pra depois, estou muito focado nesse objetivo. E vejo que o público está participando muito, então, me sinto com uma certa responsabilidade de entregar um trabalho de qualidade.

Você revê os programas, é muito crítico? Quantas horas ensaia?

Nem sempre eu revejo os programas. Meu senso crítico é alto, porém, eu estou aprendendo a olhar pra frente, deixar o que passou pra trás e focar nas novas oportunidades. Eu ensaio três dias, quatro horas por dia, total de 12 horas. Fora isso, tenho a peça de teatro e minha oficina de teatro pra cuidar.

De todas as novelas que você fez, qual te marcou mais e qual o público mais se recorda?

Eu fiz personagens que marcaram a memória de muita gente como o Zezinho de Presença de Anita, o Shaolin de Senhora do Destino, Roni de Insensato Coração. Mas, um dos personagens que mais me marcou pessoalmente, nos últimos tempos, foi Otniel, de A Terra Prometida. Foi marcante porque como ele se tornou um Líder, me ajudou a rever muitas questões minhas, acreditar novamente no meu potencial artístico, me ajudou a crescer espiritualmente e em termos de caráter pessoal.

No teatro, você segue em cartaz com a peça O Empréstimo. Sua personagem precisa de dinheiro, mas não tem nenhuma garantia de que vai honrar a futura dívida, apenas a sua palavra, que nos dias atuais já não vale mais nada…O que tem aprendido por conta dos dilemas apresentados no texto? E o público, o que pode esperar?

Eu entendo que as relações dependem de um vínculo, pois, a partir disso você cria afeto e quer ajudar quem você gosta.

No caso do meu personagem na peça, não há nenhum afeto e, portanto, cria-se uma situação de tentativa de persuasão. A palavra, a postura e a inteligência emocional, fazem o personagem convencer o gerente a ceder o dinheiro.

Como é trabalhar com o André Mattos?

O André é um grande ator, tenho aprendido muito com ele, pois ele tem uma vasta experiência no teatro, especialmente na comédia. É um cara muito generoso e divertido. A gente ri muito, às vezes, não conseguimos controlar o riso em cena. A plateia fica louca, gargalhando junto! (risos)

Como a atual situação do Brasil, política e a economia, lhe ajudam a compreender a situação de milhares de brasileiros que recorrem aos bancos para tomar um empréstimo?

É um embate social e econômico entre as necessidades das pessoas e os interesses institucionais. Na verdade, acaba sendo muito cruel perceber que quem realmente necessita de empréstimo, nem sempre consegue. É um sistema em que o dinheiro acaba ficando centralizado, não chega a quem precisa. Vivemos numa sociedade em que dificilmente as pessoas mudam de classe social. Acabam ficando gerações e gerações na mesma posição social e econômica…não apenas pela dificuldade em conseguir acesso ao dinheiro, mas, pela falta de oportunidade, de informação, de estudo.

Novos projetos para TV, cinema e teatro:

Há possibilidades de estar em uma novela a partir do semestre que vem, mas, ainda estamos em negociação. pretendo fazer um filme a partir de Julho e vou começar a viajar com minha oficina de Teatro pelo Brasil.

SERVIÇO:
O Empréstimo – Teatro Folha
Até 25 de junho. Duração: 80 minutos. Classificação etária: 14 anos
Apresentações: sexta-feira, às 21h30; sábado, às 20h e 22h; domingo, às 20h.
Ingresso: R$40,00 (setor 2) e R$60,00 (setor 1)

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