“Rimena é muito idealista” afirma Maria Casadevall sobre sua personagem em Os Dias Eram Assim

Publicado em 19/04/2017

Maria Caadevall está de volta à TV e em dose dupla. Na série de época apresentada na faixa das 23h, Os Dias Eram Assim, ela é Rimena, uma mulher livre e sedutora que logo se encanta por Renato, o protagonista da trama. A medicina será o meio que unirá o casal.

Já em Vade Retro, série que mistura comédia e suspense, estreia quinta, 20/04, na faixa das 23h, ela dá vida a Lilith, uma dançarina bastante misteriosa, sensual e determinada, que mantém uma relação íntima com o empresário, (Abel Zebu/Tony Ramos).

Nossa reportagem bateu um papo com a atriz que revelou como foi o processo de composição de Rimena. Casadevall destaca como a arte pode ajudar as pessoas a compreenderem mais sobre o seu passado, como no caso das novelas, séries, filmes, peças entre outros: “Conhecer a história é uma forma de compreender o presente. Então, essa pra mim é a grande importância da série do contexto histórico que ela traz como pano de fundo”.

Confira!

Estamos vivendo dias complicados na política, não? E agora você integra uma trama com forte contexto político…

Sim, bastante complicados.

A série tem como pano de fundo a ditadura entre outros fatos que aconteceram na América Latina. Você se preocupa em conhecer a fundo a nossa história?

Sim, como artista claro. Tenho um interesse grande pela história do meu país e da América Latina. Estava lendo As Veias Abertas da América Latina, do Eduardo Galeano. Estava nesse processo de entendimento quando o roteiro chegou até a mim.

Como é a Rimena? 

A minha personagem é muito idealista, ela é filha de um chileno com uma brasileira. A família dela tem o hábito de receber os brasileiros exilados politicamente. É cotidiano isso pra ela. Na época em que se passa a série, o Chile está passando por um momento de democracia muito pungente, o Salvador Aliende ainda não tinha sido destituído do cargo porque o golpe acontece mais tarde lá.

Como foi o processo de estudo para compor a Rimena?

Uma poeta portuguesa, Matilde Campiho, tem me ajudado muito na composição da Rimena. Elas possuem uma natureza muito parecida. Ela disse recentemente que a arte tem o poder de fazer os joelhos tremerem, de fazer a gente perder um pouco o chão pra gente buscar as nossas próprias respostas.

 E como analisa o fato da série abordar um tema tão importante? 

Conhecer a história é uma forma de compreender o presente. Então, essa pra mim é a grande importância da série do contexto histórico que ela traz como pano de fundo. Vale lembrar que é uma obra de ficção.

Maria Casadevall e Renato Góes posam nos bastidores da novela Foto GloboMauricio Fidalgo

A arte de uma forma geral ajuda o público a conhecer mais sobre um tema como no caso a ditadura.  Como analisa esse contexto?

Claro. Sem dúvida. Contamos com a ajuda do Evandro Teixeira, um fotojornalista, que foi bastante importante por retratar a ditadura com fotos clássicas de uma foma não oficial por parte do governo e da imprensa. Um livro, uma peça, uma fotografia, um filme, uma pintura… A arte tem o poder de provocar.

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