Pablo Morais comenta trama de seu personagem Nuno, em Sol Nascente e comemora mudança pessoal: “Fiquei mais maduro”

Publicado em 24/01/2017

O goiano Pablo Morais se mudou para o Rio de Janeiro aos 14 anos com o sonho de seguir carreira artística. Como modelo, conquistou as passarelas internacionais pouco depois que se mudou para as terras cariocas. Como ator, ele ganhou fama recentemente, aos 23 anos, ao participar da novela Velho Chico (Globo), que terminou em setembro do ano passado.

Agora, ele integra o elenco de Sol Nascente, da mesma emissora, e faz sucesso como o pescador Nuno, que tem uma história inusitada: ele é casado com Vanda (Cinara Leal), irmã de sua ex-namorada, Júlia (Erika Januza).

Em conversa com o Observatório da Televisão, ele fala sobre a trama do seu núcleo na novela, sobre semelhanças e diferenças que tem com o personagem, amadurecimento, família e assédio dos fãs.

O que você acha de o Nuno ser casado com a irmã da ex-namorada?

Eu entrei para a novela sem fazer a preparação, meio que de paraquedas. Tive que realmente me conectar com o meu núcleo para entender a trama. E quando li que o Nuno foi namorado de Júlia e depois ficou com a Vanda, óbvio que eu fiquei meio assim… Imagina se o seu namorado começar a namorar a sua irmã? É bem estranho.

Se você fosse o Nuno, teria coragem de casar com a irmã da sua ex?

Eu sempre segui meu coração. Costumo falar que trabalho com a verdade, porque na verdade eu não tenho como me dar mal nunca. Se meu coração estiver falando pra eu fazer alguma coisa, realmente eu vou fazer. Acho que o coração da gente escolhe, mas o racional fica ali meio em cima do muro. O coração vai pra frente sempre.

Você tem algo em comum com o seu personagem?

Todos os personagens que eu fiz tem a ver um pouco com o Pablo. Não é uma lei, mas o ator tem que ter muito do personagem e o personagem tem que ter totalmente do ator, senão acho que não acontece. Mas o Nuno realmente tem uma coisa muito próxima de mim que é a coisa de se preocupar muito com o coletivo. E eu sou esse pai mesmo, até com a minha própria família. Eu vim do nada, então eu acabei virando pai da minha família. Eu quero que esteja sempre tudo bem com todo mundo, independentemente de como eu estou. Até me ferro as vezes, porque a gente não deve fazer as coisas esperando que volte, a gente tem que fazer por amor e o que tá feito, tá feito.

Dizem que todo personagem causa alguma mudança pessoal no ator. O que você aprendeu com o Nuno?

Eu fiquei mais maduro depois que comecei a interpretar o Nuno. Minha namorada (a atriz Letícia Almeida) falou assim: ‘pô, realmente você está ficando mais pai mesmo’. Minha mãe veio pro Natal e está comigo aqui até hoje. Ela está me dizendo que estou mais organizado, que estou mais calmo… Ela me disse que essa coisa de tranquilidade é coisa de pai.

O Nuno não é um homem vaidoso. Você é?

Eu não me considero nem vaidoso e nem desleixado. Acho que me preocupo minimamente, como todo mundo tem que se preocupar. Não tenho nenhum exagero. É a mesma coisa que digo quando me perguntam sobre alimentação. Não como nada demais, só o que realmente me faz bem e o que eu estou com vontade. Não tenho muito segredo, sou bem normal. Essa coisa da unha estar grande por causa do personagem eu não me importo. Quando estou vivendo um personagem, deixo o meu corpo pra ele. Independentemente de glamour, de beleza. O glamour fica numa posição bem abaixo em relação a importância da interpretação na minha vida, da construção do personagem, da conexão com meus parceiros de cena. É importante que a minha imagem orne com a dos meus parceiros de cena. É meu ofício.

O Nuno é um cara do dia. Você prefere o dia ou a noite?

Já fui mais da noite, quando era ainda mais novo. De um ano e meio pra cá tenho ficado muito mais em casa. Não tenho saído muito, até porque tenho feito mais projetos. Tenho que ficar mais em casa mesmo pra organizar isso. Tenho um disco que estou lançando, estou terminando uma música… Estou tendo que lidar com muitas coisas, então automaticamente fico mais em casa, mas eu gosto de sair e de curtir a vida sim.

O assédio dos fãs aumentou?

Aumentou muito. As vezes fico até meio assim. Me coloco muito como igual. Não me diferencio de ninguém. Mas no mercado, por exemplo, eu já não consigo ir muito. Teve um dia que eu fui e o mercado parou. Vi que o gerente ficou meio bravo, então nem vou muito pra não rolar essa coisa. Mas mudou muito sim, está mudando cada vez mais. E eu gosto, porque é o retorno do meu trabalho. Eu adoro. Faço foto com todo mundo, gravo vídeo, mando beijo… É muito legal.

Você sempre demonstrou ser muito apegado a sua mãe. Qual foi o primeiro presente que deu pra ela quando começou a ganhar mais dinheiro?

Agora estou mudando ela de apartamento! Estou colocando ela em outro lugar de Goiânia, em um condomínio. Estou investindo em um local pra ela poder ficar tranquila, poder ir malhar, nadar, fazer o que ela quiser. E estou trocando o carro dela. Foram as duas coisas que fiz com a renovação dos contratos.

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