Ainda sem dizer a que veio, Se Joga segue atirando para todos os lados na tentativa de seduzir o público vespertino. Porém, sem foco, a atração decepciona. Mas nem tudo são espinhos no programa da Globo. Uma de suas qualidades é justamente a presença de Fernanda Gentil. A apresentadora tem demonstrado bastante segurança à frente da atração. E, por isso, merecia algo melhor que este programa tão fraquinho.
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Segurar um programa ao vivo não é fácil. E Fernanda Gentil se sai bem nesta missão. Abusando do traquejo adquirido nas coberturas esportivas, em seus tempos de jornalismo, Fernanda imprime firmeza na condução do Se Joga. Mesmo quando o quadro é ruim (e, vamos combinar, a maioria é), a âncora consegue fazê-lo com alguma dignidade. Isso sem falar que tem se saído bem no trato de temas espinhosos, mantendo a serenidade mesmo quando o assunto esquenta.
Além disso, Fernanda Gentil tem uma personalidade interessante como apresentadora de entretenimento. Não é apenas carismática, mas é também rápida e bem-humorada. Ela tem tiradas espontâneas, que abusam da ironia e do sarcasmo. Em suma, tem uma língua afiada que, somado ao jeito meio rápido de falar, resulta numa personalidade bastante atraente para um programa de entretenimento.
Além do Se Joga
Mas todas estas boas características parecem desperdiçadas no Se Joga. Verdade seja dita, o programa está tentando acertar. A barulheira irritante cessou e a interação entre Fernanda e seus companheiros de cena, Fabiana Karla e Érico Brás, melhorou muito. Porém, a falta de um propósito mais claro faz do Se Joga uma mistura de nada com coisa nenhuma. Ainda tem muito o que melhorar.
Fernanda Gentil poderia render bem mais à frente de um talk show de variedades, no estilo Ellen DeGeneris, ou num game show mais bem elaborado. Se Joga, da maneira que é feito hoje, está aquém das possibilidades de sua apresentadora.
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