Autores da concorrência: quais deles poderiam ser contratados pela Globo, para dar um novo gás à sua teledramaturgia?

Publicado em 05/08/2019

Autor de Belaventura, Escrava Mãe e Dona Xepa na Record TV, Gustavo Reiz foi contratado pela Rede Globo. Seria ele o autor de Gênesis, próximo cartaz da faixa de novelas bíblicas da emissora de Edir Macedo, mas deixou o trabalho e foi substituído por Emílio Boechat. Que outros autores da concorrência poderiam ser contratados pela Globo, a fim de trazer novos ares à sua teledramaturgia?

Vivian de Oliveira: dos autores da concorrência, um dos nomes mais válidos

Em seus mais de 20 anos de carreira, Vivian de Oliveira escreveu apenas para a Record TV. O primeiro trabalho foi em 1997: a minissérie Por Amor e Ódio. A primeira novela foi exibida em 1999: Tiro & Queda, em parceria com Luiz Carlos Fusco. No entanto, sua fase de sucesso como autora começou em 2010, quando assinou A História de Ester, minissérie que deu início ao ‘ciclo bíblico’ ao qual a emissora se dedica quase que exclusivamente desde então.

Foi Vivian quem escreveu dois dos maiores êxitos da casa nos últimos anos: a minissérie José do Egito (2013) e a novela Os Dez Mandamentos (2015/16), que chegou a abalar a audiência da Globo. Logo após Apocalipse (2017), marcada por ingerências externas, Vivian de Oliveira deixou a Record TV. E segue desde então disponível. Com efeito, poderia ser um bom nome para os horários das 18h e 19h da Globo. Ou mesmo para uma temporada de Malhação, verdadeira porta de entrada para a noite da emissora carioca.

Renato Modesto

Renato Modesto é bastante conhecido do público de novelas por sua interpretação de Júnior em Pérola Negra (1998/99), do SBT. A história escrita por Henrique Zambelli a partir do original argentino de Enrique Torres colocou Júnior numa sinuca de bico. Ele era apaixonado por sua madrasta, Renata (Cléo Ventura), que era infeliz no casamento com Fernando (Luiz Carlos de Moraes). No decorrer da história, os dois se entregam a esse sentimento. Nos anos seguintes, Renato Modesto tornou-se colaborador de Walther Negrão. Eles escreveram juntos Como Uma Onda, Desejo Proibido e Araguaia, entre 2004 e 2011. Em 2016, Renato assinou seu primeiro trabalho como titular: A Terra Prometida.

Gisele Joras: revelação entre os autores da concorrência

Gisele Joras estreou na teledramaturgia em 2007 como autora de Amor e Intrigas, novela que escreveu logo após ser vencedora de um concurso promovido pela Record TV em busca de novos valores do roteiro. Vanessa Gerbelli, Luciano Szafir, Renata Dominguez, Heitor Martinez e Esther Góes viveram os papéis centrais da história, que atingiu bons índices de audiência nas duas exibições que teve até aqui.

Posteriormente, Gisele escreveu mais duas novelas para a emissora: Bela, a Feia (2009/10), em reprise há alguns meses com sucesso, e Balacobaco (2012/13), essa marcada por ter passado em brancas nuvens ante outros títulos do canal.

Dos três trabalhos que já conta em seu currículo, Gisele tem saldo positivo. Valeria a pena dar a ela uma nova chance, uma vez que sem experiência no gênero de saída alcançou boa repercussão e demonstrou ter talento na arte de contar histórias em capítulos. Ademais, seus sucessos são de um tempo em que a Record TV alongava bastante suas novelas. O que atesta não apenas criatividade, como também fôlego.

Maria João Costa: dos autores da concorrência, novelista portuguesa seria mais uma vencedora do Emmy a constar dos talentos globais

Em 2018, o Emmy consagrou a portuguesa Ouro Verde como Melhor Novela. Maria João Costa, autora da história atualmente apresentada no Brasil em horário nobre pela Band, estreou no gênero com esse trabalho e declarou que muito do que colocou em prática nos capítulos foi aprendido quando ela assistiu a diversas novelas brasileiras. Dado o êxito internacional da novela junto a crítica e público, não seria exagero da Globo ter Maria João à frente de algum trabalho, para que ela exercitasse seu talento aqui, na terra das telenovelas.

Não estranhe a ausência de medalhões

Não vamos entrar nos méritos dos nomes a serem recontratados pela Globo, porque já passaram por ela como autores titulares. Só para ilustrar, entre esses temos Marcílio Moraes, Lauro César Muniz e Carlos Lombardi. Com efeito, são profissionais que a emissora perde em não reintegrar a seus quadros.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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