Fora do ar, apresentadoras têm dificuldades em encontrar novos formatos

Publicado em 11/04/2019

Angélica, Fernanda Gentil, Sabrina Sato. Três apresentadoras da televisão brasileira que, no momento, se encontram fora do ar. São três profissionais que encerraram seus projetos anteriores com a promessa de novas possibilidades na telinha. Porém, atualmente, elas estão na geladeira de suas respectivas emissoras. A demora para voltarem ao ar expõe a atual dificuldade dos canais em encontrar formatos adequados e originais para que elas comandem.

O caso que mais chama a atenção é o de Angélica, na Globo. A apresentadora encerrou o Estrelas em abril do ano passado. Ou seja, já está há um ano fora do ar. Neste tempo, ela e sua equipe trabalharam na formatação de uma nova atração. Ricardo Feltrin, colunista do UOL, chegou a noticiar que o programa estrearia ainda neste semestre, nas noites de quinta-feira. Porém, nada ainda foi divulgado a respeito. O silêncio deixa evidente que a estreia não acontecerá tão cedo.

Fernanda Gentil passa por situação semelhante. A jornalista deixou o Esporte Espetacular para comandar uma atração só sua. Notícias davam conta de que ela assumiria uma atração diária, pela manhã, enquanto uma das atrações matinais da Globo migraria para a tarde, substituindo o Vídeo Show. Ou seja, na prática, Fernanda Gentil entraria na vaga do vespertino. Mas o novo projeto ainda não avançou. As reprises de A Grande Família, que deveriam sair do ar em abril, seguem no ar, e sem perspectiva de deixarem a grade.

Sabrina Sato também busca novo espaço

Enquanto isso, na Record TV, Sabrina Sato também passa por um hiato. Seu Programa da Sabrina saiu do ar recentemente, e a apresentadora busca um novo formato para comandar. Como tem sido prática na emissora, a artista deve comandar um formato comprado de fora, provavelmente um game de namoro. Sendo assim, seu retorno é garantido. Só não se sabe quando.

Mas o que chama a atenção neste caso é a demora na escolha de um novo projeto. A direção da emissora já havia decidido pelo fim do Programa da Sabrina ainda no final do ano passado. Neste meio-tempo, Sabrina saiu de licença-maternidade, retornou e nada aconteceu. Esta demora sinaliza as dificuldades em se encontrar um formato importado adequado.

Criatividade

O compasso de espera de Angélica e Fernanda Gentil na Globo tem a ver com a busca de programas que tragam um diferencial na grade. Afinal, não é interessante para a emissora que as apresentadoras comandem atrações parecidas com as que já estão no ar. E, ao que tudo indica, está difícil encontrar novas ideias. Em suma, há uma crise de criatividade.

E mesmo quando se trata de um formato pronto, como é comum na Record, ainda assim há dificuldades. A chance de se trazer um formato parecido com os que já estão sendo produzidos é grande. Não por acaso, a emissora tem dois realities de confinamento e dois talent shows de cantores. Ou seja, trazer de fora não garante originalidade. Pelo contrário.

Por outro lado, a demora também evidencia que os canais não querem produzir qualquer coisa, apenas para que suas artistas estejam no vídeo. Se este tempo de espera significa uma maturação de seus respectivos projetos, trata-se de um cuidado válido. Mas também cria mais expectativas.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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