Caldeirão do Huck ‘ressuscita’ Show de Calouros em Gonga La Gonga

Publicado em 27/04/2019

Novidade deste sábado (27) do Caldeirão do Huck, na Globo, o quadro Gonga La Gonga de novo não tem nada. Trata-se do bom e velho “show de calouros”, com um desfile de apresentações inusitadas que são avaliadas por um júri. Ou seja, nada diferente do que já fez Silvio Santos, Raul Gil ou o próprio Luciano Huck ao longo da história da televisão brasileira.

Versão de The Gong Show, Gonga La Gonga nada mais é que um concurso de talentos. Na estreia, os atores Rodrigo Lombardi, Ingrid Guimarães e Cauã Reymond fizeram as vezes de jurados, divertindo a plateia com seus comentários espirituosos. O clima é de “anarquia organizada”, no melhor estilo “quanto vale o show”. Por isso mesmo, não dá pra dizer que Luciano Huck trouxe novidades. Gonga La Gonga é um dos formatos mais clássicos e básicos da TV brasileira. Aliás, os shows de calouros são ainda mais antigos, já que vieram do rádio.

Atualmente, atrações como Programa do Ratinho, Programa Silvio Santos e Programa Raul Gil ainda apostam neste filão. Mas, vale lembrar, até Luciano Huck já apostou no segmento. Em seu primeiro ano, quando ainda apanhava do Programa Raul Gil (que apostava fundo nos calouros na Record TV), o Caldeirão do Huck lançou o Quanto Vale Essa Loucura?. Que nada mais era que uma série de apresentações inusitadas que eram avaliados por um júri. Ou seja, bem semelhante à atual aposta.

Caldeirão de clássicos

Interessante notar que o Caldeirão do Huck anda numa fase um tanto mais simples. Os quadros pirotécnicos, que demandavam grandes produções, estão cada vez menos constantes. Realities ao estilo Saltibum, por exemplo, já não mais existem. Por outro lado, a atração tem apostado fortemente em versões de formatos clássicos. Tanto que dois dos atuais carros-chefe do programa são quiz shows. Quem Quer Ser um Milionário? e The Wall até dispõem de uma estrutura física grandiosa. Mas, no fundo, são game shows clássicos.

Sendo assim, por mais que Gonga La Gonga seja um quadro batido, a atração faz sentido dentro da atual fase do Caldeirão do Huck. Sem dúvidas, trata-se de um resgate do programa de auditório com variedades “raiz”. E, ao que tudo indica, ainda funciona bem.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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