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Dez anos depois, Celso Portiolli finalmente dá sua cara ao Domingo Legal

Publicado em 11/03/2019

Quando o Domingo Legal foi reduzido pela metade para encaixar a faixa Mundo Disney nos domingos do SBT, a mudança pareceu uma boa novidade. Isso porque o programa de Celso Portiolli tinha dificuldades em preencher suas longas quatro horas de duração com atrações minimamente interessantes. Naquele momento, Portiolli ainda patinava para tentar dar sua cara à atração, ainda muito ligada a Gugu Liberato, seu primeiro comandante. E apostava em quadros bobos, como “Afunda ou Boia” e similares.

Mas, na tarde de ontem (10), o programa finalmente recuperou suas duas horas perdidas para Mickey e seus amigos. Com suas quatro horas de duração, Domingo Legal apostou numa versão estendida do Passa ou Repassa, além de lançar a nova temporada do game Comprar É Bom, Levar É Melhor. Além disso, relançou o clássico Xaveco, programa de namoro que Celso comandou no final da década de 1990.

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É verdade que a versão ampliada do Passa ou Repassa teve seus momentos de embromação. Celso recebeu seus convidados e passou a primeira hora da atração quase exclusivamente num game no qual tinham que adivinhar que celebridade nasceu primeiro. Mesmo assim, a impressão foi muito melhor do que nos tempos em que o programa perdia horas com vídeos de internet, piscina de amido ou outras bobagens. Mais do que isso: Domingo Legal, finalmente, parece o programa de Celso Portiolli.

Os games do Domingo Legal

Driblando a falta de tempo e a concorrência com as histórias chorosas do Domingo Show, o Domingo Legal passou um bom tempo tentando encontrar uma identidade. Chegou até a emular a concorrência, também apostando em histórias dramáticas, com um Celso Portiolli visivelmente desconfortável em cena.

Curiosamente, uma fórmula certeira para a atração estava ali, diante de todos. Quando o programa resolveu ressuscitar o clássico Passa ou Repassa como quadro, lá em 2013, daria o primeiro passo neste sentido. Ao colocar Celso Portiolli no comando do programa que o consagrou, o programa ficou minimamente interessante. A solução era evidente: se Celso Portiolli construiu uma carreira comandando game shows, era essa a direção que o programa precisava seguir.

No ano passado, depois de um hiato, o Passa ou Repassa retornou e teve excelente desempenho de audiência. E o novo Comprar É Bom, Levar É Melhor também se mostrou um quadro bem interessante e divertido. Assim, retomar outro game da carreira de Celso se tornou algo natural. Neste contexto, a volta do Xaveco foi inevitável.

Xaveco

Agora como quadro do Domingo Legal, Xaveco voltou ao ar sem grandes diferenças com relação à primeira versão. Estão ali os jovens dançantes, e os solteiros e solteiras em busca de aventuras amorosas. A mecânica se manteve: por meio de uma série de perguntas de afinidades, os participantes vão sendo eliminados. Vence quem sobreviver à maratona de provas.

Xaveco se modernizou por meio do teor das perguntas, que abordavam aplicativos e redes sociais. No mais, foi o mesmo de sempre. E que se revelou um entretenimento descompromissado e divertido. Mais uma vez, se viu um Celso Portiolli bastante à vontade em cena.

É questionável o SBT sempre recorrer ao seu “baú de velharias”. No entanto, neste caso, sem dúvidas o retorno se justificou. Afinal, Xaveco teve sua última exibição pelo SBT em 2004. Há toda uma nova geração que não conhecia a atração. Além disso, injetou mais conteúdo ao Domingo Legal. Agora, finalmente o programa está redondo e mais bem realizado. Demorou dez anos, mas Celso Portiolli finalmente deu sua cara ao programa.

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*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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