Além do Vídeo Show, É de Casa também carece de reformas urgentes

Publicado em 03/12/2018

Com a troca no comando de alguns dos programas de variedades da Globo, espera-se que várias atrações da emissora passem por mudanças. Mariano Boni é o novo diretor de gênero do canal e deve comandar reformas em vários dos programas que anteriormente estavam sob o guarda-chuva de Boninho. Um deles é o Vídeo Show que, como se sabe, vive o pior momento de sua história. Mas o semanal É de Casa também está em maus lençóis e merece a atenção do profissional.

É de Casa nunca foi grande campeão de audiência. O matinal até garantia a liderança em seu horário de exibição na maior parte dos dias. Mas, quase sempre, encostado nos desenhos do Sábado Animado, do SBT. No entanto, um novo concorrente começa a aparecer no retrovisor da atração global: o Esporte Fantástico, da RecordTV. No dia 24 de novembro, É de Casa se viu atrás dos concorrentes em alguns momentos. Luz amarela acesa.

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Na verdade, as pautas trabalhadas no É de Casa não ajudam. Não é de hoje que o programa se perde em dicas pouco interessantes e que atravessam suas três longas horas. Neste sábado (01), o programa ensinou a fazer enfeites de Natal, capa de chuva infantil, um porta-panetones, um calendário natalino e até a instalar uma caixa d’-agua. Isso sem falar nas várias receitas. De interessante mesmo, apenas uma matéria de Zeca Camargo sobre um restaurante comandado apenas por mulheres.

Problema do É de Casa é o mesmo do Vídeo Show

Com tantos assuntos “fascinantes”, não é difícil perceber os motivos para que o É de Casa não decole. O programa é longo demais. Assim, seu tempo é preenchido por dicas que poderiam ser dadas perfeitamente de modo pulverizado, durante a semana, no Mais Você. O grande problema da atração é que É de Casa está preso demais à proposta de ser um “programa sobre a casa”. Deste modo, fica submetido a um formato pouco inventivo.

Como um programa de variedades com tantos talentos à disposição, como Patrícia Poeta e Zeca Camargo, É de Casa poderia sair do lugar-comum. É um programa semanal e, portanto, tinha a obrigação de ser mais criativo no trato de suas pautas. Seu problema é parecido com o do Vídeo Show: passa cansaço a quem está assistindo. Afinal, os dois programas exploram seus assuntos como no piloto automático, sem se permitir ir além do óbvio.

Deixando a batuta de Boninho e passando às mãos de Mariano Boni, espera-se que É de Casa redefina seus caminhos. Apostar mais em entrevistas e jornalismo na atração pode ser uma saída. Há uma dupla ex-Fantástico à disposição, Patrícia e Zeca. E há ainda Cissa Guimarães, André Marques e Ana Furtado, que desfilam bem pelo entretenimento. Ou seja, é possível fazer algo melhor. É de hora de reformar esta casa.

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*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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