Game shows dão algum rumo ao Domingo Legal

Publicado em 19/11/2017

Desde que assumiu o comando do Domingo Legal, em 2009, Celso Portiolli não conseguiu dar sua cara ao programa de Gugu Liberato. Isso porque, além de herdar quadros que não tinham muito a ver com o seu perfil (Celso sempre foi conhecido pelos programas alegres e, de repente, estava à frente de quadros chorosos), ele ainda pegou o Domingo Legal numa fase de tremenda falta de originalidade, com atrações pouco inspiradas e muita enrolação.

De lá para cá, o programa passou por várias mudanças, fez inúmeros testes e até perdeu tempo de exibição. Neste contexto, um de seus únicos acertos foi resgatar o Passa ou Repassa, programa que lançou Celso Portiolli como apresentador, e que ele toca com muita maestria. Porém, depois de um certo tempo, o quadro começou a cansar, passou a se arrastar e deixou de render. Sendo assim, saiu de cena.

Depois disso, o programa seguiu lançando novos quadros, boa parte deles sem graça e pouco elaborados. Porém, de uns tempos para cá, o dominical vem acertando a mão, ao voltar a apostar em game shows. E, desta vez, não se trata de games tolos e simplórios, como o chato Afunda ou Boia, que foi a única atração do programa por anos. Muito menos o resgate de quadros cheirando a naftalina, como Passa ou Repassa e seus similares. O Domingo Legal lançou novos e divertidos games, que têm deixado Celso Portiolli visivelmente à vontade no comando do programa.

Dois games têm sido as âncoras do atual Domingo Legal, o Batalha das Estrelas e Comprar É Bom, Levar É Melhor. No primeiro, Celso recebe convidados que disputam um jogo no qual estrelas numeradas indicam um desafio contra o tempo que cada um deve cumprir. É um jogo ágil, dinâmico e que diverte bastante. Há ali muitas provas que lembram bastante o Passa ou Repassa, mas a dinâmica é diferente, e funciona muito bem.

Já o Comprar É Bom, Levar É Melhor é um quadro produzido com o patrocínio de uma loja de departamentos, que leva famílias a participarem de um jogo no qual devem correr contra o tempo para conseguir acumular prêmios na loja em questão. O game mescla um jogo de perguntas e respostas com uma corrida pelos corredores da loja. Lembra bastante o clássico Supermarket, que a Band exibiu por uns bons anos em suas tardes nos anos 1990. Trata-se de outro jogo dinâmico, que emociona e diverte.

É visível que o Domingo Legal ainda é um programa que carece de investimentos. Mas, pela primeira vez em anos, a atração tem sabido driblar a falta de recursos com alguma criatividade. Fazia muito tempo que a atração não vivia uma fase tão boa quanto a atual.

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