Após ser vista em A Terra Prometida, Elizângela se destaca em A Força do Querer

Publicado em 12/04/2017

Os tempos são outros mesmo no mundo da televisão brasileira. Há poucos anos, era inimaginável ver um ator ou uma atriz emendando trabalhos entre Globo e Record. A emissora carioca costumava colocar atores vistos na concorrência numa espécie de “quarentena”, descansando a imagem do artista antes de colocá-lo novamente no ar.

Há alguns anos, no entanto, a coisa foi ficando mais flexível. Gabriel Braga Nunes, por exemplo, era o protagonista de Poder Paralelo na Record em 2010 e, em 2011, retornou à Globo num dos principais papéis de Insensato Coração. Mas o caso mais recente, e que chama a atenção, é da atriz Elizângela. Num caso raro, se não for o único, o nome da artista figurava entre os contratados para A Terra Prometida, novela da Record encerrada recentemente e, ao mesmo tempo, já estava na reserva para A Força do Querer, da Globo. Ou seja, mesmo batendo cartão na Record, Elizângela já figurava na lista de atores da novela de Gloria Perez.

Assim, o público acompanhou Elizângela abandonando os trajes épicos de Milah, sua personagem na história bíblica de Renato Modesto, e já adotando o visual suburbano contemporâneo de Aurora, papel de destaque em A Força do Querer. Na nova novela das nove da Globo, Aurora é a mãe de Bibi, personagem de Juliana Paes, uma das protagonistas do enredo. Nestes oito capítulos já exibidos, Aurora teve um bom destaque contracenando com a filha Bibi, e também com o genro Rubinho, papel de Emílio Dantas, outro ator que já teve destaque na Record.

A maior movimentação de atores entre novelas da Globo e da Record se deve à nova política de contratação das duas emissoras, que vem diminuindo seu elenco fixo e preferindo firmar contratos por obra certa. Assim, terminado o trabalho numa emissora, o profissional já está disponível para engatar um novo trabalho na outra. Por isso mesmo, é bom perceber que a tal “quarentena” que a Globo impunha anos atrás já não existe mais. Assim, os atores têm mais oportunidades e campo de trabalho, já que não temem mais trocar a Globo pela Record crendo que teriam as portas fechadas depois. A circulação está mais livre e isso é positivo.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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