Operação Mesquita não é uma proposta inovadora para ser um programa solo

Publicado em 04/03/2017

Estreou neste sábado (04) o Operação Mesquita, comandado por Otávio Mesquita, no SBT. Sucedendo o Programa Raul Gil, o primeiro episódio do programa contou com Danilo Gentilli como convidado. Os dois fizeram um “rolê” de moto pelas ruas de São Paulo e visitaram uma livraria. Mesquita também entrevistou um anônimo no cenário móvel.

Sendo um talk-show móvel, Operação Mesquita passa a ser mais uma opção para o telespectador aos sábados, mas não a melhor. A Globo exibe, no mesmo período, Sol Nascente e a Record, Cidade Alerta. O horário, talvez, não combine com o formato.

Com ingredientes de um talk-show, Operação Mesquita mostrou que é mais do mesmo. O humor forçado desagrada ao telespectador que procura, com o avanço de programas no Youtube, novidade na TV. Nem precisamos comentar sobre aquele fundo sonoro de palmas e risos – no Chaves é mais coerente que neste programa.

A escolha de Danilo Gentilli como primeiro convidado também desagradou. Ele é mais engraçado apresentando o The Noite do que como entrevistado. Claro que Gentilli não estava ali, necessariamente, para fazer graça, mas o telespectador esperava mais espontaneidade. Eliana, por exemplo, seria uma ótima convidada de estreia. O jeito carismático da apresentadora manteria o público na TV.

Previsível, Otávio Mesquita levou Danilo Gentilli a lugares que frequentou quando era criança e a um encontro surpresa com a mãe. Os programas, de quase todas as emissoras, já fazem isso. Nada de novo.

Quanto ao Operação Carona, quadro de entrevistas com anônimos em um cenário móvel, a produção do Mesquita também apostou no emocionalismo e realização de sonhos. Novamente nada de novo. A única coisa boa, nesta parte, a ser ressaltada é o estúdio.

Parte boa do programa foi o encontro de Otávio Mesquita e Xuxa Meneghel. O apresentador foi até a um jantar onde a artista estava para pedir a “bênção”.

Com ingredientes conhecidos, Operação Mesquita é um programa que poderia ser dois quadros em algum programa do SBT. O Domingo Legal, por exemplo, que sofre com a falta de quadros poderia ser agraciado com esses formatos, embora o “rolê” com famosos já exista. Não é uma proposta interessante para um programa solo.

Audiência

Operação Mesquita, segundo dados prévios, marcou entre 3 e 4 pontos de média na Grande São Paulo. A audiência, assim como o conteúdo, é bem desanimadora para uma estreia.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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