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A Lei do Amor não parece uma novela de Maria Adelaide Amaral

Publicado em 10/03/2017

A Lei do Amor nem de longe lembra outras novelas assinadas por Maria Adelaide Amaral, como Sangue Bom e TiTiTi, que eram elogiadas por terem “textos inteligentes” e ótimas sacadas, ou Anjo Mau, sucesso inclusive em cada uma de suas três reprises.

O que sobra no atual enredo das 21h são situações confusas. A última, envolve Pedro (Reynaldo Gianecchini): não faz o menor sentido o personagem trair Helô (Claudia Abreu) nessa altura do campeonato, com a trama chegando ao fim. Além disso, não condiz com a postura do velejador.

Pior ainda: repetindo uma cena que aconteceu no início do folhetim. Mas repeteco pouco é bobagem, afinal, Helô novamente esconde do amado que espera um filho dele. Justo Pedro, que também não sabia da existência de Stelinha.

E a Marina (Alice Wegmann)? Se ela for Isabela, o final vai ser ridículo. Se realmente seu nome é Marina, uma pessoa muito parecida com o papel desaparecido ou uma irmã, idem. Em duas situações a massagista já surgiu se definindo como Isabela – na última, bem interessada no vídeo gravado por Magnólia (vera Holtz) -, porque fazer o telespectador de bobo só uma vez é bobagem.

Ainda tem Vitória (Camila Morgado) descobrindo somente agora que Caio é fruto de um estupro, Salete (Claudia Raia) em vias de se dar mal por conta do mesmo criminoso (a cena ainda não foi ao ar, então, sem maiores detalhes).

A Lei do Amor, que tinha tudo para ser uma grande trama, justamente por ter assinatura de Maria Adelaide, se perdeu tal qual Babilônia para agradar o público, e virou uma obra mexicana ruim – existem as boas – com tantos absurdos.

E pensar que Maria Adelaide Amaral escreveu Os Maias, um espetáculo de minissérie, dentre tantos outros trabalhos que merecem ser destacados, como A Muralha e JK.

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A Lei do Amor tem que ser apagada de seu currículo.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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