SBT paga caro por erros primários e falta de estratégia

Publicado em 23/12/2016

2016 vai se encerrando de forma não muito satisfatória para o SBT, que vinha embalado nas tardes com novelas mexicanas inéditas.

Nesta semana, o canal anunciou a volta de Rubi, que vai substituir A Usurpadora: a trama de Paola e Paulina está sendo picotada para sair do ar antes do previsto.

A produção não repetiu o sucesso de suas outras “500” reexibições: escalada ano sim e no outro também, a atração inicialmente voltou à TV para ser transmitida somente para São Paulo, mas os baixos índices fizeram com que Silvio Santos decidisse por um novo horário, agora para todo o Brasil.

Apesar de conseguir superar a Record, A Usurpadora registra 4 ou 5 pontos de média, bem abaixo do desejado e longe dos números de outrora. Ou seja, O SBT conseguiu desgastar um clássico, já que se alterna com Maria do Bairro – outro curinga – na programação.

Como resultado, a audiência das mexicanas inéditas que sucedem A Usurpadora despencou. Se antes chegavam aos 9 pontos, agora estacionaram entre 5 e 7 pontos.

Para ajudar, a faixa vespertina ainda tem o Fofocando, que, marcando apenas 4 pontos em diversas ocasiões, também prejudica o Casos de Família.

A criação de Silvio Santos, que visava desestruturar o A Hora da Venenosa, da Record, não cumpriu seu objetivo por ser similar ao concorrente e, não por acaso, é alvo de apostas sobre quanto tempo ainda fica no ar.

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Aliás, o SBT também segue com dificuldade nas manhãs, pois o Primeiro Impacto, telejornal que Silvio Santos insiste em manter um garoto de 18 anos no comando, não sai da casa dos 2 pontos.

Cabe destacar, tanto A Usurpadora, quanto Fofocando e Primeiro Impacto entraram no ar “de um dia para o outro”, após decisões tomadas pelo dono do Baú.

Ou seja, falta planejamento, estratégia a longo prazo e, diante de erros tão primários, 2017 deve seguir com Silvio Santos surpreendendo o público com a famosa “grade voadora”, até colocar novamente o SBT nos eixos.

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