Silvio Santos errou, e errou feio com o Fofocando. O programa foi criado às pressas para concorrer com A Hora da Venenosa, da Record, e o Vídeo Show, da Globo.
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O Homem do Baú entendeu que, para disputar pontos com Fabíola Reipert, teria que usar as mesmas armas, ao invés de fazer contra-programação, que seria o lógico. Como consequência, o vespertino pagou um preço alto.
O Fofocando mudou diversas vezes de horário, tornando-se inclusive limitado a São Paulo por alguns dias. Voltou a ser transmitido em rede nacional, mas uma nova mudança foi anunciada nesta quarta-feira (28): a partir de janeiro, terá apenas meia hora e mudará para a faixa matinal, às 8h.
Até aqui, o programa só foi notícia por sua baixa audiência – apenas 4 pontos em boa parte das exibições – e pelas polêmicas estreladas por Mara Maravilha.
Diante de um cenário tão ruim, como Silvio Santos ainda não tirou a atração do ar? Simples: Leão Lobo e Mamma Bruschetta tinham empregos estáveis na TV Gazeta, e saíram da emissora brigados por aceitarem sem qualquer negociação com a casa a proposta de Silvio – como recusar? – para o Fofocando.
A dupla acreditou no projeto idealizado pelo dono do SBT, mesmo com meio mundo ciente de que não daria certo.
Mamma e Leão não apenas aceitaram o desafio, como engoliram Mara Maravilha dividindo espaço com eles, sendo que o Fofocando foi pensado apenas para a dupla e o Homem do Saco, que também divide opiniões.
Além de Bruschetta e Lobo, Leo Dias também saiu da RedeTV! para tentar a sorte no Fofocando. Mas o caso dele é diferente: já havia uma insatisfação na antiga casa e, não à toa, tinha anunciado há alguns meses sua saída do TV Fama, noturno para o qual voltou dias depois, antes de fechar com o SBT.
Não é raro Silvio Santos insistir em um formato mesmo diante da baixa audiência. No passado, o Olha Você também ficou alguns meses na programação e ganhou investimentos. Mas o fato de ainda assim não esboçar reação culminou em seu fim.
Cabe lembrar, o Fofocando já teve reprises veiculadas na faixa matinal, e não emplacou. Ou seja, apesar da ‘dívida de gratidão’, a nova chance do empresário tem cara de ser a última, e o destino do agora matutino parece bem óbvio.
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