Doçura feminina não se aplica no Hell’s Kitchen e Danielle Dahoui mostra pulso firme no programa

Publicado em 06/09/2016

Foi ao ar no último sábado (03), a estreia da quarta temporada do Reality Show Hell’s Kitchen – Cozinha Sob Pressão no SBT. O programa como várias vezes repetido durante o episódio de estréia da temporada foi o primeiro Hell’s Kitchen do mundo a trazer como chef e comandante da cozinha uma chef do sexo feminino: Danielle Dahoui. A saída de Carlos Bertolazzi, anunciada há alguns meses fez com que fossem divulgadas notícias que diziam que o programa estaria mais leve com a presença feminina: Um engano para justificar a escolha da chef. Na verdade existe todo um mito sobre a doçura feminina que não se aplica neste caso, já que a presença do chef na conjuntura do programa deve mostrar pulso firme.

O primeiro bloco tratou de apresentar Danielle Dahoui, a nova chef responsável pela cozinha, não de forma caricata e diabólica, mas sim contando sua história profissional, e humanizando-a ao máximo. Danielle em nenhum momento soou prepotente como é comum nesse tipo de reality culinário, pelo contrário, ela fez uma entrada com força, e ao mesmo tempo humildade, arrancando elogios de diversos participantes que se disseram apaixonados pela mesma.

A desorganização tomou conta na primeira prova do programa quando os participantes tiveram que mostrar para a chef pratos que representassem a si mesmos e até mesmo um acidente aconteceu, onde a participante porto alegrense Flora cortou a mão, e ficou 20 minutos fazendo curativo. Nessa fase todos os participantes puderam se apresentar em VTs gravados previamente.

Durante a degustação dos pratos a apreensão dos participantes deu um gostinho a mais, já que eles não sabiam o motivo de a chef estar separando alguns pratos, e devolvendo outros, o que na verdade era apenas para gerar tensão afim de anunciar que todos ali estavam participando do Hell’s Kitchen.

A reabertura do restaurante se deu com a apresentação do menu que seria servido. Foi na preparação que os participantes começaram a se mostrar extremamente desorganizados, cometendo erros, mostrando dificuldades em trabalhar sob pressão e pior, em equipe, decepcionando muitas vezes os clientes do restaurante, que nessa estreia eram os participantes do programa Bake Off Brasil. Após fechar o restaurante e alegar estar sofrendo com o maior pico de stress, a chef Dahoui eliminou dois participantes, Marco e Ludmila.

Durante todo o programa me perguntei o motivo do SBT não investir na divulgação massiva do Hell’s Kitchen Brasil, já que a forma como tudo é apresentado, tanto na edição, trilha, apresentação dos participantes, cenário, e até mesmo os momentos de tensão quando o restaurante está cheio e os pratos começam a retornar por erros dos participantes são muito melhores trabalhados do que o hypado Master Chef. Inclusive comecei a me questionar como seria o Master Chef Profissional, e em minha opinião seria como um Hell’s Kitchen mais arrogante.

O grande vilão do reality do SBT é a exibição no sábado. Como já se sabe, é um dia ruim para a audiência de qualquer emissora de TV em qualquer lugar do mundo. O programa tem excelentes qualidades a oferecer num entretenimento divertido e cativante, resta ao SBT conseguir trabalha-lo corretamente até o fim.

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