Além do Tempo mostra que é possível ousar e inovar em teledramaturgia

Publicado em 16/01/2016

Além do Tempo é a prova que faltava para mostrar que em teledramaturgia é possível sim ter sucesso com inovações e ousadias. A trama de Elizabeth Jhin fez algo inédito na televisão brasileira, duas novelas em uma, duas histórias, épocas distintas e ainda sim, apesar da estranheza inicial, conquistou o público e se tornou sucesso de audiência e crítica, considerada uma das melhores obras de 2015.

No ar desde julho, Além do Tempo contou sua história em duas partes, a primeira se passou no século 19, ou seja, um trabalho de época, requintado, que exige muito da cenografia, figurino, maquiagem e, a outra, nos dias atuais, mantendo os mesmos atores e com os mesmos nomes, porém com novo visual, contemporâneo.

A temática espirita, que já deu certo em outras novelas, como o sucesso A Viagem nos anos 1990 e Eterna Magia mais recente, comprovam que o público gosta desse enredo, que se localiza entre a realidade e a ficção. Os diálogos sensíveis e profundos, o amor como foco central, o romance proíbido e a guerra entre famílias rivais deram o tom no andamento da novela, que principalmente foi movida por grandes interpretações, especialmente de Irene Ravache (Vitória) e Ana Beatriz Nogueira (Emília).

Juntando todos esses ingredientes, aliados às belas paisagens e cenários, a história de amor de Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso), que atravessa vidas, caiu no gosto do telespectador.

O desfecho da primeira fase, com os dois morrendo abraçados no fundo do mar após cairem de um penhasco, foi o ápice de Além do Tempo, um clima cinematográfico que entra para a história das cenas inesquecíveis da televisão brasileira.

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