I Love Paraisópolis reúne elementos de contos de fadas e dramalhões mexicanos

Publicado em 12/05/2015

I Love Paraisópolis estreou nesta segunda-feira (11), na Globo e mostrou, logo no primeiro capítulo, que reúne os ingredientes básicos de uma boa novela tradicional. Mocinha pobre, que se apaixona por rapaz rico, mas ele é comprometido, tem uma mãe malvada e um padrasto corrupto. Lembrou algum dramalhão mexicano? Com certeza!

Escrita por Alcides Nogueira e Mário Teixeira, com colaboração de Jackie Vellego, Paulo Lins, Tarcísio Lara Puiati e Vitor de Oliveira, I Love Paraisópolis conta com direção de André Câmara, Marco Rodrigo, Oscar Francisco e Cadu França, sob direção geral de Carlos Araújo e núcleo de Wolf Maya.

Um elenco estrelado, de excelentes atores, inclusive da nova safra como Bruna Marquezine, Tatá Werneck, Caio Castro, Mauricio Destri, Maria Casadevall, Caroline Abras além de outros mais experientes como Letícia Spiller, Alexandre Borges, Soraya Ravenle, Henri Castelli, Danton Mello, Fabiula Nascimento e Ilana Kaplan, entre outros.

O casal protagonista, Marizete (Bruna Marquezine) e Benjamin (Mauricio Destri), se encontram como nos contos de fadas, de maneira desastrosa, mas é amor a primeira vista, assim como nas histórias de princesas da Disney. Porém, o mocinho namora Margot (Maria Casadevall), que vai ser uma pedra no sapato do casal e ainda tem a megera da mãe do rapaz, a vilã Soraia (Letícia Spiller). Não restam dúvidas de que os autores se inspiraram nos clássicos romances da literatura.

Tatá Werneck vive Pandora, ou Danda, e repete mais uma vez um papel cômico. Apesar de adorar a atriz como humorista, ela sabe fazer graça como ninguém, seria muito interessante vê-la em um papel dramático, explorando novas frentes. Mas de qualquer maneira ela já chegou fazendo as maiores trapalhadas e promete muita diversão no decorrer da trama. Assim como Alexandre Borges, na pele do Jura (Jurandir), um desastrado e atrapalhado personagem.

Quem não convenceu no papel de líder da comunidade foi Caio Castro, o Grego. A interpretação está forçada e caricata, se é pra aparentar um chefão, definitivamente não convenceu. Vamos aguardar os próximos capítulos e ver se ele encarna melhor o personagem.

No geral a novela agradou, cenários contrastantes, Novas York – Paraisópolis, mostraram, ainda que sutilmente, a vida em uma comunidade (favela) e o sonho americano de ter uma vida melhor. Texto dinâmico e rápido, em alguns momentos até rápido demais, deram o tom dos diálogos. Personagens bem definidos e uma trilha sonora caprichada deram o toque final.

Um dramalhão com humor, romance e vilania, tudo que o público espera de uma boa novela. Se os demais capítulos mantiverem o ritmo e estilo do primeiro, I Love Paraisópolis promete repetir ou até superar o sucesso de Alto Astral.

A audiência da estreia foi boa, marcou 28 pontos. Sua antecessora na faixa das 19h, Alto astral registrou 25 pontos no primeiro dia. Já Geração Brasil obteve 24 de média em seu capítulo inicial.

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