Marco Pigossi confessa que o seu personagem em A Regra do Jogo está longe de ser mocinho

Publicado em 05/10/2015

Marco Pigossi, dá vida ao Dante, um personagem vingativo em A Regra do Jogo, em conversa com o Observatório da Televisão, o galã do momento confessou que o personagem está longe de ser mocinho. “Ele é um cara correto. Um homem honesto e justo. Ele é um policial. E, a justiça dele está na força. Ele é um cara mais bruto, frio e não sabe trabalhar o emocional. Ele é bem duro. Isso é muito bacana.  Já que ele é movido por vingança, ele pode jogar por todos os lados. A ética em si, não deixa ele explorar essa vingança. O João explora muito esses dois lados. Ninguém é bonzinho o tempo inteiro e ninguém é mal o tempo inteiro. O João busca muito essa ambiguidade. E, isso acaba dando riqueza aos personagens”, relatou o ator, que está bem empolgado com o papel.

Confira a entrevista:

Como está sendo trabalhar em uma novela de João Emanuel Carneiro e sendo dirigido pela Amora Mautner?

“É minha primeira experiência com a Amora e com o João. Está sendo incrível! O texto dele explora todos os lados. Sempre quando você lê o texto, você descobre novidade a respeito do personagem. Tudo muito bem pensado. O texto dele vai abrindo vários leques, que você não faz ideia para onde ele irá conduzir. O texto do João é realmente uma grande surpresa. Não só para o público, para o ator também (risos).”

 E, o visual?

“Mantive a barba e cortei o cabelo. Eu sai de ‘Boogie Oogie’ e comecei a me preparar para o Dante. O Rafael era magro. Esse meu personagem ele é bem encorpado.  O treinamento de policial é muito pesado. Estou treinando pesado sim.  É um traimento especifico de policial mesmo.  Bem funcional. Não estou fazendo na policia. Busquei um treinamento semelhante, que é muito intenso. Estou fazendo em uma academia mesmo. É mais para ter noção de como se carrega uma arma e tal.”

E, como ficou o shape?

“Ganhei um pouco de massa. O personagem tem uma postura diferente. Aqui não dar para ver, mas, no ar vocês vão conferir (risos).”

Você treinou no Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro)?

“Eu não treinei no Bope. Eu fui conhecer. Queria saber um pouco do dia a dia daqueles homens. Na verdade, meu personagem não tem nada a ver com o Bope.”

Você vai interpretar mais um personagem fardado. Está preparado para mexer com o imaginário das mulheres?

“Pois é! O Rafael era piloto e já tinha essa carga de brincadeira, de mexer com o imaginário das mulheres. E, agora um policial. Estou vestindo todos os fetiches (risos). Pode ser que ele mexa sim com o imaginário das mulheres. Mas, por ser um Policial Civil, ele não usa farda o tempo inteiro. Mas, tem o distintivo, tem arma. Tem essa brincadeira.”

 E, a interação com os atores?

“Eu já trabalhei com quase todo mundo. Gente, eu tenho dez novelas. Não parece, mas, eu já fiz dez produções aqui na casa. Já conhecia o Alexandre Nero, Giovanna Lancellotti, Renata Sorrah, entre outros.”

Você se sente realizado?

“Realizado não! A gente sempre está buscando uma realização. O dia que eu falar que eu estou realizado a gente para, né? E, não é a ideia. O Dante é mais um desafio que vem. Eu estou muito feliz. Eu estou onde eu queria estar. Sem duvida nenhuma. Eu tenho orgulho de todos os meus personagens. ‘A Regra do Jogo’ é o lugar que eu queria estar neste momento. É isso.”

Na infância, você pensou em ter alguma profissão parecida com a dos seus personagens na ficção?

“Quando eu era criança eu queria ser manobrista. Olha que coisa!? Para ficar dirigindo os carros. Eu era maluco por carros. Ainda gosto. Hoje em dia tenho outras prioridades. Eu assinava revistas de carros. Para você ter uma ideia, eu ficava no oficina de um amigo do meu pai, só para ver o mecânico desmontar o carro. Queria entender. Eu queria ser manobrista. Época boa aquela.”

No inicio da trama, seu personagem irá começar namorando a personagem da Bruna Linzmeyer. Terá algum triangulo amoroso mais para frente?

“Então, eu não sei na verdade. Eu recebi até o capitulo 24. Ele começa com a Belisa, personagem da Bruna. Eu sei que eles são primos. Mas, o Dante é adotivo e, eles não têm nenhum laço sanguíneo. Eles foram criados como irmãos. É uma relação diferente das que estamos acostumados a ver. Eles não têm bloqueio corporal. Eles foram criados juntos.  Eles estão longe de ser um casal romântico comum. Vai ser muito legal. Não sei se terá uma terceira pessoa. Até agora, sei que será apenas esse casal. Eu não sei como o João (autor) irá caminhar essa história.  Mistério…”

Não é incomum primos se relacionarem. Já aconteceu com você na vida real algo parecido?

“Eu não tenho primos. Minha família é minúscula. Eu tenho três tios. E, um só, teve uma filha. Então, minha família é muito miúda. Nunca tive essa coisa de família enorme. De sentar a mesa todo mundo. Seria incrível. Mas, nunca aconteceu. Minh família é muito pequeno.”

E, isso é um sonho? Você pensa em construir uma família enorme?

“Isso é muito mais para frente. Eu tenho 26 anos, tenho muita coisa para fazer ainda. Estou muito novo para construir uma família.”

Qual é o mote do seu personagem?

“O Dante é movido por vingança. Ele não sabe que a mãe está viva. Para ele, ela morreu. E, o objetivo dele é vingá-la. A força dele é na vingança. Mais forte que qualquer coisa.”

Ele tem algo de mocinho?

“Não! Ele é um cara correto. Um homem honesto e justo. Ele é um policial. E, a justiça dele está na força. Ele é um cara mais bruto, frio e não sabe trabalhar o emocional. Ele é bem duro. Isso é muito bacana.  Já que ele é movido por vingança, ele pode jogar por todos os lados. A ética em si, não deixa ele explorar essa vingança. O João explora muito esses dois lados. Ninguém é bonzinho o tempo inteiro e ninguém é mal o tempo inteiro. O João busca muito essa ambiguidade. E, isso acaba dando riqueza aos personagens.”

E, o que move o Marco Pigossi?

“Eu sou movido pelo artístico. Eu acho (risos)! É uma mistura em si. O ator não pode se entregar a emoção. Eu sou um cara sentimental. Me emociono com facilidade. Mas, tenho um racional também muito forte. Eu sou uma mistura dos dois. Mas, o meio termo é o perfeito, né?.”

André RomanoPor André Romano
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