Irene Ravache dispara: “Eu não acredito em nada. Não sei se eu acredito em reencarnação”

Publicado em 11/07/2015

Irene Ravache, que dará vida a grande vilã de Além do Tempo, conversou com o Observatório da Televisão e comentou que conheceu um Brasil possível durante a sua estadia no Sul do país. “Acho que o Sul é o Brasil possível. Fiquei impressionada com a educação das pessoas. Acho importante a gente falar disso. É um Brasil que não tem essa violência gargalhando à medida que você caminha“, relatou a renomada atriz.

Confira a conversa:

Condessa Vitória

“Ela não é uma pessoa carinhosa. Ela é muito possesiva. Ainda não sei muito do sentimento dessa personagem. Na trama, ela está em busca de um filho. Por ele, ela tem um amor muito doente. Na minha cabeça é um amor doentio. Um amor extremamente possessivo. É algo dela! Ela é assim: ‘o meu filho gosta dela e eu não gosto. Então, vamos acabar com ela’. Então, eu acho muito doente isso”.

Vilã e caracterização

“A Melissa (Paolla Oliveira) é uma vilã mais humanizada. Ela quer se dá bem na vida. Ela é uma aprendiz ainda. Melissa é mais amável, tem sorrisos,. Ela é encantadora. Ela pode chegar a ser tão mal quanto a Condessa. Mas, a principio é  uma vilã boazinha. Agora a Condessa Vitória é manipuladora. Ela manipula todos os personagens. Fazia também que eu não fazia uma vilã. Estava fazendo comedias e personagens mais delicados. Quando apareceu o convite para interpretar essa vilã fiquei muito contente. É um exercício. Começa com a maquiagem e a roupa. Demoro duas horas para compor o visual da Condessa. Não tem maquiagem. Mas, tem o cabelo, as roupas e tal. Além do meu cabelo, eu coloco um peruca. E, tem uma ‘bundinha’ falsa também (risos). Enfim, a caracterização é bem demorada .  Mas, as profissionais aqui da TV Globo são craques”.

Um Brasil possível

“A região do Sul do Brasil é lindíssima. Além de o lugar ser muito bonito. Acho que o Sul é o Brasil possível. Fiquei impressionada com a educação das pessoas. Acho importante a gente falar disso. É um Brasil que não tem essa violência gargalhando à medida que você caminha. Durante as gravações, eu solicitei um motorista que me acompanhasse pela região.  Eu desci do carro uma vez e perguntei ele se ele não iria trancar o automóvel. Ele olhava para mim e dizia: ‘Pra quê?. Pra quem está vivendo no eixo Rio – São Paulo não imagina isso. A limpeza das ruas também me impressionaram bastante. E, não tem uma música ruim tocando. Nas grandes cidades as pessoas colocam a música alta. E, acabam irritado os outros. Foi muito bom para mim conhecer o sul. Foi uma ótima oportunidade. Vassouras (Rio de Janeiro) também é um lugar encantador. Lá as pessoas conversam entre si. Estamos perdendo esse contato. Hoje, não olhamos mais para as pessoas. E, sim para os celulares”.

Lado positivo da vilã

“Talvez a coisa mais positiva da Condessa seja à força dela. Mas, essa força não é canalizada para uma coisa boa. Talvez algo que ela tenha de melhor seja essa obstinação que tem por esse filho. Apesar de eu achar muito doentio”.

Vida após a morte

“Eu espero que tenha. Não gostaria que tudo terminasse do nada. Mas, se alguém comentar que tem uma prova sobre isso. Eu não tenho o menor interesse em saber (risos). Eu penso que o momento da morte deve ser um momento arrebatador, fascinante, algo sublime. Eu gosto de surpresa. E, quem gosta de ser surpreendido não quer saber o que tem do outro lado”.

Reencarnação

“Eu não acredito em nada. Não sei se eu acredito em reencarnação. Mas, eu gosto da hipótese. Eu não acredito, porque eu não acredito. Mas, gosto dessa ideia de você poder reencarnar”.

André RomanoPor André Romano
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