Noveleira sim, e daí? | Deslizes de Império

Publicado em 25/02/2015

Sempre fui uma apaixonada por novelas. Sim, novelas, de qualquer faixa de horário e de qualquer emissora. Como sou uma pessoa normal, que precisa comer, pagar aluguel, e viver só tenho tempo (infelizmente) de assistir as novelas da faixa das 21h00 e aí não tem jeito… vamos de Globo né! Não que as outras emissoras não tenham competência para produzir novelas e seriados de qualidade, de um tempo para cá as outras emissoras tem concorrido – em qualidade de produção – bem de perto da Globo. Se tivesse tempo eu assistiria até a novela mexicana da tarde no SBT. Vou começar a contribuir com textos para o Observatório da Televisão e hoje escrevo sobre a Império, como é meu primeiro texto vou fazer comentários gerais, mas pretendo, escrever pelo menos dois comentários na semana: na quarta e na sexta-feira.

Antes de mais nada devo falar que o que mais vale a pena em Império é o Alexandre Nero. Gente que homem ator é aquele? O cara além de lindo, charmoso, é um ator e tanto e está segurando a novela que, cá entre nós, teve deslizes um tanto quanto absurdos nas últimas semanas. Vou enumerar os que mais me chamaram a atenção:

1º – Oi? Uma sauna com tranca do lado de fora? Com um termostato que vai até 80º e também do lado de fora? Nem preciso comentar né!?

2º – Sempre me perguntei porque o José Pedro tem que ficar no mesmo hotel que o Maurílio, são poucos no Rio né? E com que dinheiro (já que a Império está em crise) ele paga a conta deste hotel em que o quarto é maior que o meu apartamento?

3º – Gente, e a Unidos de Santa Tereza campeã!? Agnaldo, meu amado (amo as novelas dele), como, me diz como uma escola que tem um assassinato no meio do desfile pode ser a campeã?

Rolou um assassinato em Império, o assassino estava em cima do carro, ele foge, ninguém se dá o trabalho de segura-lo, a Cora não recebe atendimento médico fica nos braços do Comendador (suspiros, ao lembrar do Nero), o carro alegórico não para e ainda o melhor: o pânico não se estabelece e todos os componentes da escola entendem que é completamente seguro continuar sambando na avenida mesmo com um atirador louco vestido de morte solto por aí. Gente… a Portela, por muito menos, não foi campeã do Rio!!!

4º – O exame para o Comendador descobrir a paternidade dos filhos que foi de tipagem sanguínea? Em era de DNA utilizar de um recurso tão simples é demais, né? Até em boogie oogie, novela que se passa nos anos 70, já se fala em DNA.

5º – Laércio Fonseca, o cozinheiro Felipe, que tentou matar o Enrico essa semana, disse a pouco tempo ao Jornal Extra: “”Vou calar a boca de quem fala mal de mim pelas redes sociais, porque sei do meu talento”. Que bom que ele sabe qual é o seu talento. Eu gostaria de saber qual é.

Como admiradora de TV e de novelas eu sou sempre a primeira a dizer que, quem consome esse tipo de produto, deve sempre lembrar que novelas não são produzidas com o mesmo cuidado de um filme e seriado porque o tempo urge (já diria nosso querido Giovanni Improtta – personagem do Zé Wilker – que foi lindamente homenageado na cena do desfile da escola de Samba Unidos de Santa Tereza, em Império) e é mais difícil ficar preso aos detalhes. E novela é novela né minha gente. Não tem a mesma coerência da vida real. Então, mesmo com deslizes, que eu adoro notar e comentar, vou continuar assistindo, já estou ansiosa por Babilônia.

Por Geovana Capovilla
www.facebook.com/geovana.capovilla

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