Coluna do Dadá | Em Família é praticamente um aborto na TV

Publicado em 07/05/2014

Olha, em termos de diálogos, Em Família consegue ser pior que Salve Jorge. É um aborto televisivo com pretensão a best seller.

Tentei assistir ontem, mas é tão cansativa, mas tão cansativa, que acabei desistindo novamente. Texto horroroso, diálogos improváveis, expressões afetadas e maquiagem carregada. Ninguém merece.

A Globo só não cai para o segundo lugar no horário por osmose. As pessoas se habituaram tanto a ver a emissora carioca que não mudam de canal por pura distração. Mas essa novela não pegou, é um afronta ao bom senso, uma pieguice brega.

Quer uma dica, espera meia-noite e vai no Canal Viva que está reprisando Dancing Days. Perto de Em Família, Dancing é um clássico. Só vou dizer isso.

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Final de tarde é uma dureza, viu

Olha, se de manhã o tédio da TV é por conta da “bondade” dos apresentadores, no final da tarde ocorre exatamente o oposto, uma espécie de apocalipse now.

Quando eu vejo o Marcelo Rezende e o Datena, tenho a certeza absoluta de que o mundo vai acabar antes da Copa. Aí mudo para a Globo e me deparo com um monte de adolescentes de malhação falando mal e porcamente um texto invertebrado. Ponho no SBT e me confronto com uma novela mexicana.

Na Rede TV!, Te Peguei. Mas não pegou mesmo. Aí fica difícil.

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De simples, Programa da Sabrina não tem nada

Bom, então ficamos combinadíssimos assim: o Programa da Sabrina não tem nada de simples. A produção é caríssima, mas a Japa, esperta, faz tudo parecer brejeiríssimo, genuíno, quase monacal. Sei.

Com essa fórmula, e aquele CORPINHO, Sabrina conquistou o Brasil. Mudar para quê? Para virar canastrona? Nem pensar. Ela está mais que ótima desse jeitinho e, melhor,  o público e os patrocinadores gostaram. Tem anúncio dos cafés Melita e Pilão. Já viu isso? Tintura de cabelo saindo pelo ladrão e até a Nestlé voltou com tudo.  Sim porque desde que a marca suíça acabou o lobby que a antiga administração da empresa do Brasil fazia, ficou muito mais difícil conseguir o apoio da nova diretoria. O Programa da Sabrina conseguiu e o Leite Ninho ajuda o leitinho da Sabrina. Isso é que é energia.

O segundo programa teve ainda a simpaticíssima e cobertíssima Valesca Popozuda, gente boa, querendo mostrar que não só com peito se faz as coisas. Muito digno. Beijinho no ombro.

E um Marcelo Rezende contando sua origem humilde, quando eu sempre acreditei que ele tivesse sangue azul.  Cozinhou para Sabrina: “Se até o Edu Guedes cozinha…”, alfinetou Rezende.

Ou seja, Sabrina tem a bênção dos poderosos. Quem vai se meter com a japa?

Com medo de notícia, Globo erra em tudo

Coluna do Dadá

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