Renato fica logo curioso. “Sei que a Clara tem muitas qualidades. Que ela fez?”, pergunta. “Magina que a mãe dela bebia. Quer dizer, bebe. Diz que vai parar, mas não sei, não. Não sei mesmo. Aquela lá tomava uma garrafa de gim por dia… Parece que a mãe dela ia doar um rim pra outra filha, que tá muito ruim. Mas porque bebe, não pode doar. Ah, precisava ver, Renato. A mulher entrou em desespero. Agora tá lá no quarto…”, fala. “E a Clara?”, quer saber. “Fez o que dá, né? Usou o dinheiro”, solta. “Usou o dinheiro?”, diz o medico já gostando da conversa. “Eu sei de ouvir eles falar, que dona Bete ia montar uma grife de vestido chique com o Renan. Mas nunca que saía. Pois hoje, a Clara botou o dinheiro na conta dele. Diz pra ele se apressar com a grife, pra mãe ter alguma coisa que fazer, pra ajudar ela sair do álcool. Ela não é generosa?”, entrega Janete.
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De posse da informação, Renato vai procurar o advogado e dar o respaldo necessário para entrar com o pedido de interdição dos bens de Clara. Na audiência, o advogado de Fabiana (Fernanda Rodrigues), que está processando a mocinha, vai pedir bloqueio. “Tomei conhecimento de que Clara está dilapidando o patrimônio que pertence a minha cliente. Se mais tarde vencer, dona Fabiana não poderá sequer rastrear o dinheiro desaparecido. Estou entrando com uma liminar”, diz.
O juiz dará seu parecer. “Reitero. O objeto principal deste processo não está em causa. Apenas julgo a liminar impetrada por seu advogado, segundo a qual a acusada está dilapidando o patrimônio a que julga ter direito. Entendo que agora é importante preservar o patrimônio, e a acusada tem feito retiradas altas”, diz o magistrado. “Excelência…”, tenta argumentar Patrick (Thiago Fragoso). O juiz interrompe o advogado da mocinha. “Defiro a liminar. Senhora Clara Tavares. Seus bens estão bloqueados até o fim desse processo”, determina.